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A pouco mais de 1 ano para eleições, seis nomes despontam como pretensos candidatos ao governo



A pouco mais de 1 ano para as eleições, a oposição e a situação se movimentam para escolher o candidato que disputará o Governo da Paraíba em 2026  na sucessão do governador João Azevedo (PSB). Os nomes dos postulantes ao Palácio da Redenção só serão conhecidos oficialmente em 2026, mas a lista dos pretensos candidatos está praticamente definida. A preço de hoje, seis nomes “estão na disputa interna” pela preferência dos blocos políticos, e poderão encabeçar a chapa majoritária, sendo três governistas e três oposicionistas.

Do lado da base da situação, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), filho da senadora Daniella Ribeiro, e neto do ex-prefeito de Campina Grande Enivaldo Ribeiro, cresce visivelmente na preferência do governador João Azevedo. Nos bastidores, há quem diga que o nome de Lucas está praticamente consolidado. No campo da especulação, a chapa seria, Lucas candidato ao Governo, e João Azevedo e o prefeito de Patos Nabor Wanderley, candidatos ao Senado, com o respaldo do presidente da Câmara Federal, o deputado Hugo Motta.

No entanto, outros nomes, inclusive do Progressistas também buscam o aval do atual mandatário do Palácio da Redenção, para disputar o pleito. Na corrida sucessória, além de Lucas, despontam como pré-candidatos ao governo, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Adriano Galdino (Republicanos) e o prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (PP).

Esta semana, o deputado estadual Adriano Galdino reafirmou a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Durante entrevista, ele defendeu o protagonismo do seu partido no cenário estadual.

“O Republicanos é o maior partido da Paraíba e tem o direito e todas as condições de apresentar uma candidatura ao governo. O meu nome está posto”, declarou Adriano.

Adriano destacou que é natural a existência de mais de uma candidatura dentro da base do governador João Azevêdo, e que isso não impede uma futura união em um eventual segundo turno.

Em outra entrevista, Galdino reforçou que deseja concorrer ao Palácio da Redenção e mandou um recado para os concorrentes internos, garantindo que já está com o seu nome na rua, dialogando com o povo.

“Já estou com meu nome na rua, dialogando com o povo, com o meu partido [Republicanos], com os partidos aliados, com o governo. Vou buscar essa equação, se ela existir estarei pronto para ser candidato e ser o próximo governador da Paraíba”, disse.

A exemplo de Adriano Galdino, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), também ratificou esta semana, que sua pré-candidatura ao Governo da Paraíba é pra valer. Em entrevista, Cícero destacou ações da sua gestão na capital, como pavimentação de ruas, asfaltamento, construção de parques, melhorias na mobilidade urbana, avanços na educação e obras estruturantes em mercados públicos.

Segundo Cícero, o carinho da população tem sido demonstrado em suas andanças pelo interior, onde coleciona mais de 50 títulos de cidadão e lembra que, quando governador, foi responsável pela criação de mais de 50 municípios.

Em meio a “inquietação” de alguns pré-candidatos, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), comentou o processo de definição do nome que representará o grupo político da situação nas eleições estaduais de 2026.  João disse que entende que a disputa entre esses nomes é algo natural e acredita que a escolha será feita em breve.

Durante entrevista à imprensa, o gestor afirmou que o processo está sendo conduzido com serenidade, mesmo diante da movimentação de pré-candidaturas já em curso.

O governador reforçou que a base tratará da escolha com diálogo e harmonia.

“É uma discussão que a gente vai fazer interna no partido e logo logo. Vai ser discutido de uma forma muito harmônica, muito tranquila, mesmo que muita gente não queira que seja assim”, disse.

Se por um lado, a base do governo segue em busca de consenso para definir o candidato ao governo, na oposição, o quadro não é diferente. Pelo menos três nomes estão cotados para disputar o governo em 2026.

Um dos nomes que pode encabeçar a chapa majoritária pela oposição  é do deputado Romero Rodrigues (Podemos).  Esta semana, depois de meses evitando declarações diretas sobre a sucessão estadual de 2026,  Romero Rodrigues voltou a admitir a possibilidade de disputar o governo da Paraíba no próximo ano. Romero, que vinha sendo comedido nas palavras, ao tratar do assunto, hesitando antecipar discussão sobre a formação da chapa majoritária da oposição, agora já fala como pré-candidato.

“Estou preparado sim para ser candidato a governador. Não depende só de mim, depende de um grupo. Se a população quiser um gestor que também tem coração, para cuidar das pessoas, a Paraíba vai ter e eu vou estar à disposição”, afirmou.

A guinada no discurso veio acompanhada de simbolismo. O deputado comentou o vídeo publicado por ele nas redes sociais, em que aparece montando em um touro, admitindo que fez a postagem realmente com objetivo de mandar um recado à classe política, sobre sua pretensão. Ele disse que a postagem serviu para rebater a pecha de que não teria coragem de disputar o Governo do Estado.

Rodrigues integra o bloco de lideranças da oposição que vem articulando a formação de uma chapa forte para o próximo pleito. Ao lado dele estão o senador Efraim Filho (União Brasil), o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil) e o ex-deputado federal e presidente estadual do PSD, Pedro Cunha Lima – que disputou o governo em 2022 e saiu do segundo turno com mais de 1,1 milhão de votos, vencendo em 53 municípios paraibanos.

Na semana passada, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) reafirmou que é pré-candidato ao governo estadual para as eleições de 2026.

Em entrevista, o presidente estadual do PSD na Paraíba voltou a garantir que deseja disputar novamente o governo estadual, tal qual fez em 2022, mas também deixou em aberto a possibilidade de disputar uma das cadeiras paraibanas ao Senado.

“Pode acontecer de um outro cenário surgir e todo esse campo da oposição entender que eu sou útil disputando o Senado. Também não vou dizer que é chance zero”, explicou o filho do ex-senador Cássio Cunha Lima.

Além de Romero e Pedro, o senador Efraim Filho também está na disputa interna pela preferência na cabeça da chapa. Entre os pretensos postulantes,  Efraim é que tem uma situação mais confortável e cômoda.  Isso porque caso não obtenha êxito nas urnas, ele seguirá como senador por mais quatro anos, a exemplo do que fez o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), nas últimas eleições. Já Romero correria o risco de ficar sem mandato.

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Embora estejam em fase de articulações e construções, as candidaturas só serão conhecidas em 2026, após as convenções partidárias. Até lá, os postulantes seguem em busca de apoio e pavimentando estradas para chegar forte na reta final do processo eleitoral.

Severino Lopes

PB Agora



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