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O silêncio da CAGEPA e a crise hídrica no Agreste e Brejo Paraibano



 

Enquanto as torneiras continuam secas ou despejando água de péssima qualidade nas casas do Agreste e Brejo paraibano, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) mantém um silêncio ensurdecedor. Em cidades como Esperança, Areial, Montadas e São Sebastião de Lagoa de Roça, moradores enfrentam diariamente os transtornos causados pela falta d’água. Entretanto, a conta de água nunca falha: ela chega todo mês, sem atrasos, como se o serviço estivesse sendo entregue com excelência.

O descaso da CAGEPA é mais do que uma questão técnica ou administrativa; é um reflexo de uma política pública que negligencia o direito básico de acesso à água potável. Na prática, vemos a população sendo duplamente penalizada: paga por um serviço que não recebe e, ao mesmo tempo, precisa arcar com custos extras, como a compra de água de caminhões-pipa ou garrafões para consumo doméstico.

Moradores de Esperança relatam que a água, quando chega, é suja e imprópria para uso. Em cidades vizinhas, como Montadas e Areial, a situação é ainda mais dramática: semanas e até meses sem abastecimento. Para piorar, a adutora emergencial de São Sebastião de Lagoa de Roça tem gerado mais transtornos do que benefícios. O silêncio da CAGEPA diante dessas denúncias e da insatisfação generalizada é revoltante.

A pergunta que não cala é: por que o cidadão precisa cumprir religiosamente com suas obrigações financeiras, mas a CAGEPA não cumpre com as suas? Esse é um desrespeito que extrapola a lógica comercial e fere a dignidade humana. Afinal, água não é um luxo, mas um direito essencial.

O problema, evidentemente, não é novo, mas tem se agravado. A má gestão hídrica, a ausência de investimentos em infraestrutura e a falta de transparência com a população são evidentes. Enquanto isso, as autoridades competentes mantêm um comportamento omisso, como se a crise fosse algo inevitável ou normal.

É necessário que a CAGEPA assuma a responsabilidade pelo fornecimento de água de qualidade e tome medidas urgentes para resolver os problemas no Agreste e Brejo paraibano. Além disso, é preciso mais transparência: onde estão sendo investidos os recursos arrecadados? Por que as soluções prometidas não chegam?

O povo já não suporta pagar por um serviço inexistente. A conta, que chega pontualmente todos os meses, deveria refletir o compromisso da CAGEPA com o abastecimento, e não ser um lembrete da injustiça e do descaso.

Silêncio não é resposta. Os moradores de Esperança, Areial, Montadas e outras cidades do Agreste e Brejo Paraibano clamam por soluções reais, não promessas vazias. Água é vida, é dignidade e é um direito. O silêncio da CAGEPA precisa ser rompido com ações concretas e imediatas.

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