A quinta-feira (19/09) começou com a Polícia Federal nas ruas de João Pessoa, cumprindo mandados de prisão em uma nova fase da operação Território Livre, que investiga crimes de aliciamento violento de eleitores e organizações criminosas.
Um dos alvos foi a vereadora Raíssa Lacerda, que já havia passado por busca e apreensão recentemente, e acabou sendo presa nesta 2ª fase da operação.
Segundo o mandado expedido pela Justiça, a prisão de Raíssa se deu após “a análise das conversas contidas nos celulares apreendidos nas digilências anteriormente realizadas, estando demonstrandos os indicios da prática de coação e controle de facção criminonosa ligada ao tráfico de drogas nesta cidade com fins eleitorais”.
Além de Raíssa, outras três pessoas também foram presas:
- Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro para determinar quem deve ser votado no São José
- Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida
- Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus. Suspeita de ter ligação com facções do bairro.
Modus operandi – Segundo as investigações, Kaline agia articuladora de Raíssa no Alto do Mateus com auxílio de uma facção criminosa do bairro. Já Pollyanna determinava o candidato que seria votado no bairro São José e utilizava o poder de influência de Pollyanna que era ligada a uma ONG na comunidade.
Além dos mandados de prisão preventiva, também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos bairros São José, Miramar e Alto do Mateus. Mais três pessoas também teriam sido alvos: David Sena de Oliveira, Keny Rogeu Gomes da Silva e Taciana Batista do Nascimento.
Câmara – A Câmara Municipal de João Pessoa emtiu uma nota informando que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal, e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal”.
“A Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações”, diz ainda nota.
Relembre o caso – A operação Território Livre foi deflagrada no último dia 10 de setembro. A ação visa combater crimes de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa em João Pessoa.
Na 1ª fase, foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos celulares e contracheques de funcionários da Prefeitura de João Pessoa. No total, a operação resultou na apreensão de R$ 35 mil em espécie e documentos com dados pessoais de várias pessoas.
Além de contracheques de servidores, também foram apreendidos aparelhos celulares, provas que podem indicar materialidade e autoria e reforçar os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.
De acordo com informações, os investigados utilizavam controle de território para influenciar o processo eleitoral, praticando crimes como a constituição de organização criminosa e o uso de violência para coagir eleitores.
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