A informação desceu a Serra da Borborema trazendo um corte da disputa em Campina Grande, meu caro Paiakan. De um lado, a campanha do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) denuncia fraude na declaração de bens de Jhony Bezerra (PSB). De outro, Jhony acusa secretário municipal de condenação judicial e ter complacência do prefeito.
E assim segue a disputa. Mas, um fato curioso ocorreu nas últimas horas. Na última quarta-feira (25/09), a campanha de Bruno ingressou na Justiça Eleitoral, denunciando distribuição de cestas básicas em favor da candidatura de Jhony. Pediu ainda a apreensão do material encontrado em uma empresa da cidade, e transformou o episódio num escândalo de campanha.
Então, veio o mistério: poucas horas depois, o jurídico de Bruno protocolou desistência da ação, após se descobrir que o material estava em um local que pertence à uma empresa contratada pela gestão campinense para distribuição de alimentos. A empresa envolvida na denúncia é a Gestão de Terceirização em Serviços, Seleção E Agenciamento de Mao-De-Obra (Eireli).
Após a gafe, a coligação de Bruno alegou ter sido “atestado que o supramencionado endereço (onde ocorre a distribuição) se trata apenas de um centro de distribuição de cestas básicas de empresa legalmente constituída, que possui vínculo com o Poder Público Municipal”. Foi, portanto, um tiro no pé.
Ainda foi alegado que a empresa fazia a distribuição legalmente, mas o estrago já estava feito. Tanto que Jhony aproveitando do vacilo, acionou a Justiça para prosseguir com a ação de investigação, por se tratar de uma “clara e evidente confissão de crime eleitoral”, por parte do prefeito Bruno. De quebra, solicitou ao Judiciário notificar Polícia Federal para a apuração das alegações e a abertura de um inquérito policial para investigar o caso.
Até o dia 6, meu caro Paiakan, a campanha promete mais emoções em Campina Grande.
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