O ex-senador paraibano Marcondes Gadelha relembrou em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM (Rede Correio Sat), o período em que o apresentador Silvio Santos foi candidato a presidente da República.
Marcondes foi escolhido como vice na chapa, formada pelo extinto Partido Municipalista Brasileiro (PMB).
Gadelha afirmou que Silvio era o melhor candidato nas eleições presidenciais de 1989, vencidas por Fernando Collor, e explicou que fatores credenciavam o comunicador para ocupar o Palácio do Planalto.
O Silvio foi a grande perda política que nós tivemos. Ele, na minha opinião, era o melhor, senão o único candidato capaz de enfrentar a crise terrível que assolava o país naquela época. Para se ter uma ideia: a inflação do Brasil naquele tempo era de 90% ao mês, agora estamos sofrendo com uma inflação de 4% ao ano. Ele tinha os três elementos indispensáveis para o enfrentamento daquela crise: capacidade motivacional, talento administrativo e uma história de vida convincente para servir de exemplo e mostrar para as pessoas que o trabalho funciona
O ex-senador também contestou a versão de que a candidatura de Silvio foi impugnada porque o partido não realizou convenções em nove estados para definir a candidatura, dizendo que a candidatura de Silvio era ‘legítima’ e que ele foi vítima de uma ‘conspiração’ para ter o processo inviabilizado.
“O argumento que usaram inicialmente foi de que Silvio não tinha renunciado a direção do SBT para ser candidato. Acontece que o Silvio não era diretor do SBT, era acionista majoritário, e não havia provisão legal contra isso. Então, como isso não funcionou, eles optaram por outro caminho, de inviabilizar o partido. Silvio foi tirado do pleito, usurpado de uma forma escandalosa, por uma razão muito simples: ele era imbatível”, explicou Gadelha.