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OPERAÇÃO CIANOSE… PF cumpre 34 mandados contra desvio de R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste no escândalo dos respiradores



 

Mais um capítulo no rumoroso escândalo da compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, durante a pandemia. A Polícia Federal realizou, na última quinta-feira (01/08), nova operação com o cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão na Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, expedidos pela Justiça Federal baiana, a pedido do Ministério Público.

A Operação Cianose, Fase 2, visa recuperar os R$ 48 milhões desviados na compra dos aparelhos, junto à empresa Hempare, curiosamente especialista em vendas de derivados da canabis. Os aparelhos, como se sabe, numa foram entregues, em 2020Um dos alvos da operação, nesta fase, foi o empresário baiano Cléber Isaac, que é suspeito de intermediar a compra, e teria ganho R$ 1,6 milhão.

Segundo a Polícia Federal, as condutas investigadas podem ser enquadradas como crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Pra entender – A compra dos respiradores foi negociada pela empresa Hempare e o Governo da Bahia, durante a gestão de Rui Costa, então presidente do Consórcio Nordeste, ao custo de R$ 48 milhões.

No curso das investigações, a empresária Cristiana Prestes Taddeo (Hempcare) embolsou o dinheiro por suposta venda de 300 respiradores destinados a nove Estados nordestinos. A quantia foi paga antecipadamente pelo consórcio em um contrato questionado pela Justiça. Os aparelhos nunca foram entregues.

Cristiana chegou a ser presa e teve bens bloqueados pela Justiça. Em depoimento prestado aos investigadores, ela disse que, na época dos eventos, recebeu um telefonema de Carlos Gabas (Executivo do Consórcio), que teria se identificado como “irmão de alma” de Edinho, prefeito de Araraquara.

Ainda de acordo com Cristiana, Gabas afirmou que o município paulista estava precisando de 30 respiradores, mas que Edinho estava sem recursos para bancar a compra. No depoimento, Cristiana afirma que “estava implícito um pedido” e se propôs a fazer uma “doação”. Mas, para a Polícia Federal, essa doação era apenas propina.


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