Além de queda, coice. Considerado mentor do escândalo envolvendo desvio de recursos do Hospital Padre Zé, o Padre Egídio terá que devolver um automóvel que adquiriu, em 2022, por falta de pagamento das parcelas financiadas junto à rede bancária.
A decisão foi do juiz Kéops de Vasconcelos Amaral Vieira Pires (15ª Vara Cível). Trata-se de veículo modelo Compass (Jipe). A dívida, segundo o banco, seria de R$ 168 mil, referente a parcelas de R$ 6.930,00 não quitadas pelo padre, especialmente após sua prisão. Com isso, terá que devolver o carro.
Pra entender – Em outubro de 2023, durante a Operação Indignus, deflagrada pelo Gaeco, levantou um volume tão comprometedor de indícios que o MPPB pediu à Justiça a prisão, entre outros, do principal denunciado, o Padre Egídio, que presidia a instituição durante o período das fraudes apontadas.
Dentre as provas encontradas nas investigações, sinais de ostentação: um fogão de R$ 80 mil, criação de cães de grife, a compra de 12 imóveis de luxo, uma granja milionária no Conde. Foi encontrado ainda o desvio de um empréstimo de R$ 13 milhões e o sumiço de uma emenda de R$ 200 mil destinada pelo ex-senador Zé Maranhão, no orçamento de 2018.
Estima-se que ele tenha desviado nada menos do R$ 140 milhões. Em dezembro último, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 116 milhões em bens do Padre Egídio, que foi preso na Penitenciária do Valentina, e, posteriormente, liberado, ao alegar problemas de saúde, e encontra-se cumprindo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
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