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Desconhecimento do colesterol eleva fator que aumenta risco de doenças do coração no Brasil



Portal WSCOM



No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, 8 de agosto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta para os riscos de problemas cardiovasculares. O elevado nível de colesterol no sangue, que responde por 30% de todas as mortes no país, é desconhecido pelas pessoas, na maioria dos casos, podendo levar ao infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo o presidente da Sociedade Paraibana de Cardiologia, Dr Glauco Gusmão, o desconhecimento dos níveis de colesterol tem comprometido a saúde cardíaca de muitas pessoas de maneira silenciosa, “Mensurando os níveis de colesterol, podemos determinar ações de conscientização, tratamento e controle jjunto a comunidade”, destaca.

Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2017, mostrou que 67% das pessoas desconheciam os níveis de colesterol do próprio organismo. Aproximadamente 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e mais de 380 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades. De acordo com a SBC, é importante que as pessoas saibam que o colesterol elevado, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. Por isso, é essencial fazer os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar hábitos que incluem a alimentação saudável e adequada e a prática de atividades físicas regularmente.

O diagnóstico para risco cardiovascular é feito pelo médico, que avalia, além dos valores de colesterol e frações, a genética, a história familiar e todos os fatores de risco associados para fechar o perfil e definir a conduta.

Para o médico cardiologista Ítalo Kumamoto é preciso entender o que é o colesterol, e sua ação em nosso corpo, “O colesterol é uma gordura que mantém as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções. Existem dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea: o LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”, reforça o médico.

Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete.

Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, no fígado. Os demais 30% são da dieta e, por isso, é tão importante manter uma alimentação equilibrada.

Uma das comorbidades que preocupam é a aterosclerose, doença degenerativa que se caracteriza principalmente pelo depósito de gordura (colesterol LDL) e de outras substâncias nas camadas internas das artérias do coração, do cérebro, da aorta, obstruindo a passagem do sangue em porcentagens variáveis. Forma-se o ateroma, uma espécie de placa de gordura nas artérias.

Outra doença, um pouco diferente e com nome parecido, é a arteriosclerose, que se caracteriza pelos depósitos de gordura e cálcio ao longo de toda a extensão de uma artéria, deixando-a endurecida. Ambas são doenças progressivas e silenciosas e provocadas pelo acúmulo de colesterol LDL em placas ou ao longo das artérias. O portador não sente o colesterol elevado, mas, se o problema não for tratado corretamente, poderá levar a complicações causadas pelas obstruções dessas artérias: angina do peito, infarto do miocárdio, AVC, aneurismas e outras.

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