O juiz de direito, André Ricardo, titular do Juizado de Violência Doméstica da Capital, recebeu uma denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o médico Kauê Seabra. O profissional se tornou réu por crime de lesão corporal contra sua ex-esposa, a médica Mikaella Lacerda.
Como observado pelo ClickPB, na denúncia, o MPPB relata lesões comprovadas por exame traumatológico feito pela vítima em agosto de 2023. As agressões, segundo os advogados da vítima, Diego Cazé e Rinaldo Mouzalas, foram gravadas e aconteceram na frente dos filhos menores do ex-casal.
Ainda na denúncia, o promotor Rogério Lucas afirmou que Kauê Seabra tentou destruir provas, mediante exclusão das imagens das agressões. O promotor pede que o médico seja condenado a até quatro anos de prisão e faça reparação de danos à vítima por humilhação e sofrimento causados pelo crime.
Relembre o caso
Como publicado pelo ClickPB em dezembro, o médico foi denunciado após cometer uma série agressões contra Mikaella Lacerda, sua ex-esposa.
Mikaella procurou a Delegacia da Mulher, em João Pessoa, após ter sido agredida por Kauê na frente do filho do casal. Ela foi submetida a um exame de corpo de delito que comprovou as agressões e a denúncia culminou na concessão de medida protetiva. Além das agressões físicas, o médico também é acusado de violência psicológica e patrimonial, já que ameaçava a vítima com frequência e até mesmo a obrigava a repassar o seu salário.
Em vídeos registrados pelas câmeras de segurança instaladas no apartamento em que o casal residia é possível verificar algumas das agressões do médico. Também é possível observar a última agressão, quando a vítima foi empurrada na frente do próprio filho do casal. Após esta agressão, a vítima ligou para a polícia e gritou por socorro na janela de casa. Os vizinhos ouviram os gritos e tentaram prestar socorro, de acordo com depoimentos feitos na delegacia.
Os advogados do médico Kauê Seabra negaram violência por parte dele contra a esposa, embora tenham admitido que pesa contra ele uma medida protetiva o impedindo de de se aproximar da ex-companheira.
Veja abaixo a decisão do juiz:
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