Nesta segunda-feira (20), o padre Egídio de Carvalho participou da audiência de instrução do Caso Padre Zé, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos do hospital homônimo. A audiência, conduzida pela Justiça paraibana, incluiu o depoimento de testemunhas indicadas pelos advogados do padre.
Egídio de Carvalho participou da audiência de forma online devido a problemas de saúde que tem enfrentado nos últimos meses. As ex-diretoras e ex-auxiliares do padre, Jannyne e Amanda, compareceram presencialmente. Atualmente, entre os três acusados, apenas Jannyne está em regime fechado, enquanto Amanda e Egídio cumprem prisão domiciliar.
A audiência faz parte do processo de apuração das responsabilidades e do julgamento dos envolvidos no esquema de corrupção que afetou a administração do hospital Padre Zé.
ENTENDA
Egídio, que está preso desde novembro de 2023 por suspeita de desvio de recursos e fraudes no Hospital Padre Zé, participaria da audiência de forma online. No entanto, devido aos problemas de saúde que vem enfrentando nos últimos meses, o pedido da defesa foi acatado pelo juízo.
As ex-diretoras do hospital, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), também rés no processo, estiveram presentes na audiência. Atualmente, apenas Jannyne se encontra em regime fechado, enquanto Amanda e Egídio cumprem prisão domiciliar.
A audiência de instrução do Caso Padre Zé deu início à fase processual que definirá se os réus serão ou não julgados pelo Tribunal do Júri. As investigações apontam para um esquema de desvios de recursos públicos que teriam chegado a mais de R$ 140 milhões ao longo de 10 anos.
Operação Indignus
A prisão do Padre Egídio ocorreu em novembro de 2023, durante a operação “Indignus”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em conjunto com a Polícia Militar e Civil do estado.
A operação teve como objetivo apurar irregularidades no Instituto São José, no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana (ASA). As investigações apontam para a falsificação de documentos e pagamento de propinas para desviar recursos públicos destinados a fins específicos.
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